Assim como o talento, as fronteiras podem ser redefinidas. Dolores Arias e Santiago Weihmüller são dois entre tantos exemplos existentes na Nissan América Latina, que pensaram grande e trilharam uma jornada profissional diferente.
Em 2014, Dolores entrou na Nissan do Brasil como analista, sendo a única argentina na área administrativa, dando suporte no país durante a Copa do Mundo. "Fiquei famosa muito rápido", recorda. Em 2015, passou o Program Management Office (PMO) focada nos veículos produzidos em Resende. Depois de apenas um ano, sua atenção passou para outra das plantas de produção da empresa na região, em Santa Isabel (Córdoba, na Argentina) e os diferentes projetos fizeram com que ela se mudasse em 2018 para seu país natal. "As picapes foram, são e serão um dos meus maiores desafios. Já os "SOPs" (start of production) mais apaixonantes que tive nestes anos foram meus dois filhos, Teo e Paz", comenta.
Suas responsabilidades foram crescendo e, em 2021, arrumou as malas de novo, desta vez rumo aos Estados Unidos. Ainda baseada naquele país, Dolores comenta: "desde 2022, sou Diretora de PMO para o Sentra e os veículos elétricos. A chegada dos elétricos rompe com os padrões tradicionais, além de ser um momento único para se viver de perto".
Contribuição da América Latina para o mundo
"Graças à região onde nascemos, somos flexíveis e dinâmicos na hora de imaginar cenários. Nosso DNA latino faz com que sejamos mais espontâneos e calorosos na formação das equipes", menciona Dolores. Santiago concorda com ela a respeito desde ponto. Hoje ele trabalha em Córdoba (Argentina), mais esteve por dois anos e meio baseado no Japão, em um projeto com a equipe global da Nissan: "quando tive que me despedir, há alguns meses, muitos dos meus colegas me agradeceram por eu ser tão alegre e rir um pouco mais do que o que se espera para o padrão de um escritório naquele país".
No Japão, Santiago liderou o projeto da picape Nissan Frontier produzida na Argentina, relacionando-se com todas as áreas da empresa (desde manufatura e vendas até a região sul-americana e a equipe global). "A Nissan é uma empresa ideal para qualquer pessoa com expectativas de ter uma carreira internacional ou poder vivenciar um ambiente de trabalho intercultural. É só soltar as rédeas e trabalhar com dedicação que a oportunidade aparece".
Superação e paixão pelas diferenças
Logo que chegou ao Japão, Santiago começou a namorar uma colega coreana, que também trabalhava na Nissan, em outro setor. "Hoje continuamos nossa relação com pelo menos 12 horas de diferença e meio mundo de distância". Durante sua estada, frequentou aulas de kickboxing com um mestre que inicialmente teve que explicar as técnicas a ele por meio de sinais, já que Santiago não entendia japonês e os outros colegas da academia eram todos nativos. "Foi muito emocionante ver como aos poucos eles foram se abrindo comigo e valorizávamos nossas diferenças".
Trabalhar em outro país também envolve um esforço profissional e familiar muito grande. "Tem que ser um projeto de todos", disse Dolores. "É importante se informar, compreender um pouco a cultura do lugar para onde você está mudando. Conhecer as experiências dos outros ajuda a entender como a família se adaptaria a essa vida e você ao seu novo trabalho".
A Nissan conta com um plano de desenvolvimento de carreira que está sendo revisto atualmente, para levar em conta onde o indivíduo se projeta daqui a três ou cinco anos. "Uma vez que você tenha definido o tipo de experiência que falta para você chegar a este passo profissional seguinte, a próxima etapa é falar com seu chefe e contatar pessoas que desempenham estas funções atualmente, para que eles também mantenham você no radar. Resumindo: ver as qualidades que você tem para oferecer e o que você precisa para chegar lá".
No ano de 2023, 137 pessoas da Nissan América Latina vivenciaram uma experiência internacional – e este viveiro de talentos continua crescendo.
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